Segundo a Agência de Informação de Moçambique, a Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP), vinculada ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), alocou 350 mil doses de vacina para serem administradas aos animais nas áreas com alto risco de surtos da doença.
Zacarias Massicame, chefe do Departamento de Prevenção e Controlo de Doenças no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), explicou que a segunda fase da vacinação tem como objetivo proteger o gado e, ao mesmo tempo, garantir a saúde pública. Ele informouou que a primeira campanha de vacinação, que visou as doenças carbúnculo hemático e sintomático, foi concluída no final de agosto.
A segunda etapa, no entanto, visa especificamente a febre aftosa nas áreas mencionadas, para a qual foram adquiridas 450 mil doses de vacina neste ano, com foco em distritos de Tete.
Massicame enfatizou que, embora não tenham sido registrados novos casos desde o início do ano, o período de controle da doença é de dois anos, durante os quais quatro doses consecutivas devem ser administradas nas áreas prioritárias para suprimir a circulação do vírus.
Ele ressaltou que surtos anteriores ocorreram em locais como Doa, Moatize, Chifunde e nos distritos ao sul de Tete, levando as autoridades a impor restrições ao movimento de gado bovino, caprino e suíno para fora da província.
A fonte também mencionou que o sector continua a monitorar regularmente a situação da febre aftosa na região e em outras áreas do país e que, em algum momento, poderá ser proposto o levantamento das medidas de controle atualmente em vigor.
A febre aftosa é uma das doenças transfronteiriças mais preocupantes devido à sua rápida transmissão e impacto econômico negativo devido às restrições de acesso ao mercado.